domingo, 6 de dezembro de 2009

Semente do saber


No dia 29 de agosto, a livraria Nobel de Frutal completou um ano de inauguração. A fim atrair outros tipos de público, além do leitor, a franquia frutalense instalou no espaço um café, servindo de ponto de encontro para aqueles que querem conversar ou simplesmente apreciar um café. Para a proprietária do local, Gisele Queiroz, o grande retorno obtido até agora foi a Nobel ter se tornado um ponto de lazer e cultura na cidade. Ela acredita que o crescimento de Frutal proporcionará retorno financeiro mais sólido.
É certo que ler não está entre as maiores paixões do brasileiro. Por isso, conciliar um espaço que odereça livros e revistas com o café tenha sido um atrativo para o frutalense passar a conviver com obras literárias. Fenômeno de vendas entre os jovens, obras como as de J. R. R. Tolkien, J. K. Rowling e Stephenie Meyer servem de fomento para a população passar a consumir livros. Segundo estudo realizado pela CBL (Câmara Brasileira de Livro) o brasileiro passou a ler mais nos últimos anos. Em 2008, a média de obras lidas per capita subiu de 1,8% em 2001 para 3,8% no ano passado.
Frequentadora da Nobel frutalense desde sua inauguração, a fonoaudióloga Soraya Oliveira C. Bichara encara com grande entusiasmo a chegada da franquia ne cidade. Para ela, a palavra é a unidade básica da língua que utiliza a leitura como instrumento de comunicação e interação social. Já para Renato Furtado, advogado e professor universitário, a Nobel frutalense representa "um investimento corajoso, no momento oportuno, mostrando a confirmação da visão de que Frutal está crescendo".
Gisele tem bons motivos para acreditar no sucesso de seu negócio. Com a estadualização da UEMG, estudantes de toda parte do país passaram a morar em Frutal. Por isso, a livraria tem mantido contato com parte dos professores, a fim de tornar presente em seu catálogo obras indicadas por eles a seus alunos. Além disso, a própria expansão da universidade gera pólos de atração para indústrias, trazendo novos moradores à cidade, ajudando a impulsionar o comércio, assim como ocorreu com outras cidades do triângulo mineiro, como Uberlândia e Uberaba.



Aline Basanella

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