sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Entrevista: Daniel Pacheco, ovelha negra da família

Ele é o "rebelde da família". Mesmo com tanto talento, Daniel Pacheco, nascido e criado em Barretos, São Paulo, foi sempre alvo de críticas pelos familiares. Hoje, estudante de Comunicação Social, com ênfase em Publicidade e Propaganda, se dedida a maior parte do tempo na diagramação de impressos e afins.
  1. Por que você é considerado o rebelde da família?

Primeiro, toda família tem suas maçãs podres. Na minha não é diferente. meu irmão mais velho (sou o do meio) sempre foi o queridinho dos pais, foi à igreja regularmente, vestiu sapatos lustrados. No meu caso, estava sempre ouvindo música alta e estourando minha canela com um skate. E'pra piorar as coisas, minha irmã mais nova dança balé e faz sapateado... Nada mais a dizer.

2. Com tanta rebeldia, o que o fez querer o curso de PP?

Acho que sempre fui um pouco encantado pelas propagandas de tv e como eram feitas. O que ajudou um pouco também foi o fato de meu irmão ter um pé na área, fazendo cartazes de festas de amigos. Acho que assim tomei gosto pela coisa.

3. Atualmente, o que você faz relacionado ao curso?

Ultimamente tenho feito estágio na própria faculdade, dando apoio à agência de comunicação, na área de publicidade. Também monto jornais O Diário e Stillus em Frutal, além de um informativo, OQA!contece, em Barretos, E, quando aparece, uma coisa ou outra relacionada a artes gráficas.

4. Afinal, sua família tinha uma proposta de carreira para você?

Sim e não. Meus pais sempre me apoiaram na maioria das minhas escolhas. Já ajudei bastante meu pai em mudanças e coisas que fogem totalmente ao que faço hoje. Porém, nunca determinaram um curso ou carreira específica, talvez por não terem tido acesso aos mesmos e saberem o quanto vale minha liberdade de escolha.

5. O que você almeja para seu futuro?

Costumo não pensar muito nisso, pois minha ansiedade muitas vezes chega a pontos incauculáveis. Mas em curto prazo pretendo terminar meu curso e continuar estudando e me especializando na área gráfica. Não sei ao certo o que quero, talvez mexer com vídeo, mas não sei.

6. Além do skate, há algum esporte ou estilo musical favorito?

O skate foi uma paixão da minha puberdade, porém hoje em dia meus ossos não aguentam mais (muito menos meus pulmões). Sou um quase sedentário, mesmo tentando vez ou outra me esforçar em ir à academia, é difícil. Quanto à música, sempre gostei de estilos mais barulhentos, mas ouço também muita coisa sossegada e pacífica. A cho que ouço o que tocar, mas odeio axé e afins.

7. Para você, o ensino superior representa oportunidade?

Isto varia muito. Depende de como o aluno recebe a mensagem e decodifica sua impotância. No meu caso, o ensino superior tem sido um portal, por onde me foi possibilitado uma transformação comigo mesmo. Aprendi a ouvir as pessoas sem exigir que me ouçam, e, pelo menos para mim, isto é uma oportunidade imensa comigo mesmo.

Ana Carolina A. Pires

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Perfil de Lucimar Bernardes

Profissional de sucesso


Lucimar Bernardes, mais conhecida como Lú Bernardes, é casada com o empresário e funcionário da CEMIG, Sidney Felisberto mãe do adolescente Matheus. Nascida em 9 de janeiro sob o signo de capricórnio, cursa Comunicação Social na UEMG. É uma frutalense dona de uma inconfundível e agradável voz, locutora na rádio 102 FM desde 1990, onde atualmente apresenta o Programa Dinamite todas as sextas-feiras e sábados, às 20h. Ela também está iniciando a sua carreira na TV com a apresentação do Programa Luz da Diversidade, que vai ao ar aos domingos, às 13h30 e aos sábados às 16h30 e as quartas-feiras, às 21h45 pela TV Mundo Maior (canal 53).

Repórter – Quando e como você percebeu que o seu campo de trabalho seria mesmo nos meios de comunicação?

– Na verdade não percebi. Tudo começou por brincadeira mesmo. Um amigo meu, Joe Chocolate, que é locutor de rádio, vivia dizendo que eu tinha uma voz diferente. E de tanto ele falar, eu comecei a acreditar que tinha mesmo. Um dia, uma amiga me convidou para ir com ela até à rádio 102 FM. Ela namorava o diretor da rádio e quando chegamos lá ela brincou com ele: “Oh! Trouxe a minha amiga para fazer teste de locução.” Fiz o teste, fui aprovada e estou até hoje.

Repórter – Você está iniciando a sua carreira na TV. Qual é a diferença é a diferença do rádio para a TV?

– (Risos) Bom, no rádio não tem que se preocupar com a imagem física, se os cabelos estão ou não arrepiados. (Risos) No rádio, o programa é ao vivo. Se vou entrevistar alguém, essa entrevista será transmitida ao vivo e, então, é necessário ter “jogo de cintura” e saber improvisar. E apesar da experiência que tenho, eu sempre sinto um friozinho na barriga. Com relação à TV, tudo ainda é muito novo pra mim e eu estou adorando. Como o programa é gravado, eu me sinto mais segura do que no rádio, pois, se errar, é cortar e começar de novo.

Repórter – Qual foi a maior dificuldade que você já enfrentou na sua carreira?

– Acho que nenhuma. Mas acho que teria um pouco de dificuldade, por exemplo, na apresentação de um programa com platéia.

Repórter- O rádio é um veículo de comunicação que cria vínculo entre o ouvinte e o locutor. Você já passou por alguma situação inusitada em virtude disso?

- Algumas pessoas já me pediram autógrafo e eu fiquei toda sem graça, mas dei numa boa e fiquei me sentido toda poderosa. (Risos)

Repórter – Você é mãe de um adolescente e é também estudante. Qual é a sua receita para conciliar família, trabalho, estudo e conseguir estar sempre elegante e em forma?

– Elegante, eu? Em forma? Bom, realmente não sei se estou. Ser mãe de adolescente, cuidar da família, trabalhar e estudar não é uma tarefa muito fácil. Mas o segredo para ter tudo em harmonia é colocar Deus acima de tudo, ter um bom coração e fazer tudo com amor.

Repórter – O que o rádio significa pra você?

–É sinônimo de realização, é onde tudo começou! Foi lá que nasceu a locutora Lú Bernardes e eu amo tudo isso! Eu amo o meu trabalho!

Repórter – Quais são os seus planos para o futuro?

- Meu marido, meu filho e a minha família admiram o que eu faço, o meu trabalho é reconhecido por todos. Estou cursando Comunicação Social habilitação em jornalismo e tive muita sorte. Estou iniciando a minha carreira na TV. Sei que ainda estou caminhando devagar, mas sempre me aprimorando e quero estar a cada dia melhor.
Elizabete Alves Santana

Entrevista com o soldado Pinheiro sobre o PROERD para pais

PROERD: agora os pais são os alunos


Neste ano a Polícia Militar de Frutal, preocupada com a prevenção e a redução da violência e do uso de drogas, implantou o PROERD para pais. O soldado Anderson Polido Pinheiro é o coordenador e instrutor do PROERD para pais e conta mais detalhes sobre o projeto na entrevista a seguir
O PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência) tem como modelo o D.A.R.E (Drug Abuse Resistance Education) e desenvolveu-se no Brasil com o objetivo primordial de atuar na prevenção do uso de drogas por crianças e adolescentes. O PROERD surgiu nos EUA em 1983, mais precisamente na cidade de Los Angeles e foi se expandindo rapidamente e hoje já está em mais de 56 países do mundo. São mais de 35 milhões de crianças atendidas pelo programa de prevenção às drogas e à violência. No Brasil, o PROERD chegou em 1992, através da Polícia Militar do Rio de Janeiro, sendo extinto em 1995. Em São Paulo, surgiu em 1993, através da Academia de Polícia Militar do Barro Branco. O programa foi revigorado e expandido para os demais Estados da federação.
Em Frutal, o programa teve início no ano de 2003 e apenas uma escola não aderiu ao programa. O PROERD é aplicado em parceria com as escolas, e é direcionado para as crianças e adolescentes de 9 a 12 anos. Durante 17 semanas, com uma aula ministrada por semana, ao longo de um semestre letivo, os instrutores do PROERD, que são policiais militares, contam com a ativa participação dos professores, que atuam como divulgadores dos ideais do PROERD para as demais salas de aula. O projeto conta ainda com uma cartilha.

Como funciona o PROERD para pais?

R. O conteúdo curricular deste programa consiste de cinco lições que se concentram em fornecer aos pais informações relevantes sobre drogas, uso e experimentação de drogas, violência e aptidões de como orientar. O curso é aberto a qualquer grupo de pais, sendo que o local e horário serão definidos pelo grupo através de formulário próprio fornecido pelo instrutor PROERD. Será ministrada uma lição por semana, com duração se uma hora e meia cada. O número mínimo é de 10 participantes e o máximo, de 25. Após o grupo ter preenchido o formulário, será marcada a data junto ao instrutor para o início das lições. Os pais recebem uma cartilha chamada “O Livro dos Pais” e o curso é totalmente gratuito.

Qual a importância do PROERD para pais?

R. No mundo em que vivemos, existem tentações e obstáculos o tempo todo. Os pais precisam se educar para conversar sobre drogas e devem estar tão bem informados quanto seus filhos. E neste curso, os pais aprendem sobre as drogas mais comuns, os efeitos no cérebro e no corpo, os sintomas que provocam, as gírias e como são utilizadas.
A adolescência é um período cansativo para a família, a comunicação é complicada. Mas se os pais conseguirem fazer seu filho crescer sem bebe, fumar ou tomar drogas, as chances de ele manter hábitos saudáveis na vida adultas são grandes. A influência dos pais desde cedo pode poupar o filho de experiências negativas associadas ao uso de drogas que poderão até mesmo ceifar sua vida.
Este curso é importante, pois durante as cinco lições, os pais aprenderão maneiras de um ambiente positivo, que beneficiará a boa saúde e o bem-estar de seus filhos com uma linguagem fácil e clara.

Qual é a meta da PM com relação ao PROERD para pais?

R. Como qualquer outro curso voltado para a educação, desejamos que o maior número possível de pessoas passem pelo programa, pois o PROERD, sendo uma atividade educacional preventiva, é mais um fator de proteção desenvolvido pela Polícia Militar para a valorização da vida, que busca contribuir para o fortalecimento da cultura da paz e a construção de uma sociedade mais saudável, feliz e, principalmente, mais segura.

Como está sendo a aceitação e a participação dos pais?

R. Ao final de cada curso, é feita pelos pais uma avaliação das aulas assistidas e constatei que a maioria acha o curso ótimo. Mesmo com os bons resultados obtidos a cada curso, o instrutor acrescenta informações atuais visando buscar melhorias no programa.

O programa está alcançando os seus objetivos?

R. Acredito que sim, pois no início do ano tínhamos como meta formarmos um número de, no mínimo, 80 pais considerando vários motivos como, por exemplo, a pouca disponibilidade dos pais. Mesmo assim, acredito que estamos alcançando os objetivos. Fato é que até a presente data, já passaram pelo programa quatro grupos, totalizando 80 pais e estão em andamento outros dois grupos com 35 pais e há interesse de outroa grupos ainda em formação.

Elizabete alves Santana